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Câmara Federal aprova feriado nacional para o Dia de Zumbi e da Consciência Negra

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (29), por 286 votos contra 121, proposta que torna feriado nacional o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. O Projeto de Lei 3268/21 já foi aprovado pelo Senado e segue agora para a sanção presidencial.

A data será chamada Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Atualmente, o dia 20 de novembro já é considerado feriado em seis estados brasileiros em 1.260 cidades.

A relatora da proposta, a deputada Reginete Bispo (PT-RS), afirmou que a bancada negra escolheu o feriado para iniciar seus esforços de combate ao racismo e de promoção da igualdade racial pela criação de um feriado.

"Talvez pareça a muitos uma iniciativa menor, meramente simbólica. Mas não o é. Porque símbolos são importantes. São datas alusivas ao que o País considera mais relevante em sua história", disse. Na votação, ela também fez deferência ao senador Paulo Paim (PT-RS), relator da proposta no Senado, e à deputada Benedita da Silva (PT-RJ).

Para a deputada Carol Dartora (PT-PR), a aprovação da proposta é uma celebração da bancada negra.

"Nosso objetivo é fechar esse mês com o feriado nacional da Consciência Negra para o reconhecimento dos mais de 300 anos da população escravizada no Brasil e da necessidade de superação do racismo estrutural", disse.

Já o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), afirmou que a data será fundamental para "celebrar a negritude" da população brasileira.

Posições contrárias

O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), no entanto, criticou a medida. "Não vai ser impondo mais um feriado que nós negros seremos menos ou mais respeitados nesse País", disse. Ele afirma que o novo feriado é um "erro" e terá impactos negativos na economia do País.

O argumento econômico também foi utilizado pelo deputado Professor Paulo Fernando (Republicanos-DF),para criticar a medida. "No mês de novembro já temos muitos feriados, isso teria de ser decisão das câmaras municipais", disse.

Para passar a valer o texto tem de ser aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente da República.